Na noite desta segunda-feira (6/5), o deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) participou do painel “Reforma da Previdência: por que o Brasil não pode esperar?”, promovido pelo Diretório Estadual do Partido NOVO do Rio Grande Sul. O evento aconteceu no auditório da American Chamber (Amcham) de Porto Alegre e teve palestras do deputado Marcel, do professor e economista Paulo Tafner e da economista da Fecomércio e professora da ESPM, Patrícia Palermo.
Alexandre Araldi, Marcel van Hattem, Paulo Tafner e Patrícia Palermo
Primeiro a usar a palavra, Paulo Tafner trouxe alguns tópicos que estão em seu livro sobre o assunto, cujo título deu nome à conferência. Tafner trouxe números projetados sobre o envelhecimento da população brasileira e a necessidade da reforma para diminuir o déficit público na Previdência. Além disso, trouxe dados que mostram que o Brasil é um dos países onde ocorre um envelhecimento mais rápido da população, pelo aumento da expectativa de vida e diminuição do número de nascimentos. Por fim, trouxe números dos gastos que o INSS tem com o segurado da iniciativa privada (regime geral) e também o custo do segurado do serviço público (regime especial), para indicar a urgência de uma readequação do sistema previdenciário.
A seguir, foi a vez de a economista Patrícia Palermo participar do painel. Sob o tema “O impacto da Previdência no setor privado”, ela afirmou que as reformas vêm para evitar o pior, ou seja, a quebra do sistema previdenciário. A economista indicou também que a Reforma da Previdência não irá resolver todos os problemas do país, mas dará indícios ao mercado interno e externo de que o governo tem capacidade de gerir seus déficits. O reflexo dessa sinalização é uma provável atração de novos investimentos.
Fechando a noite, o líder da bancada do Partido NOVO na Câmara dos Deputados, deputado Marcel van Hattem, foi recebido por um auditório lotado para indicar “A perspectiva política da Reforma”. Em sua fala, Marcel reiterou que está totalmente imbuído da aprovação na íntegra do projeto enviado pelo ministro Paulo Guedes à Câmara. Assim como os dois primeiros palestrantes, o parlamentar gaúcho afirmou que a Reforma não resolverá o problema da Previdência de maneira definitiva, mas irá dar um respiro às contas públicas.
Marcel fala sobre as reformas e o futuro do Brasil
“Mesmo passando o projeto em sua integralidade assim como veio do Ministério da Economia, em alguns anos o país precisará novamente rediscutir o seu sistema previdenciário, como acontece em países do Hemisfério Norte”, pontuou. Ele ressaltou ainda que a Reforma promove justiça social e caça privilégios. “Quem ganha menos irá contribuir menos. Quem ganha mais irá contribuir mais, já que irá receber mais do INSS quando aposentado. Além disso, precisamos insistir no sistema de capitalização proposto pelo ministro Paulo Guedes, chamado por ele de ‘poupança especial’. Os brasileiros devem ser libertados do INSS para que, assim como acontece na maioria dos países do mundo desenvolvido, a população passe a aprender a importância de se poupar dinheiro para usufruir no futuro, na aposentadoria”, afirmou.
Para Marcel, é necessário que o governo federal comunique de forma simples e objetiva os principais pontos da reforma, para que a população possa compreender a necessidade de uma mudança e cobre dos deputados federais uma posição favorável de forma contundente. Para aqueles que procuram manter privilégios, principalmente quem é correligionário de governos anteriores e costuma apontar a Reforma da Previdência como desnecessária, o deputado gaúcho disse: “A gente precisa lembrar que tudo o que está acontecendo hoje na Economia tem o carimbo do PT, do governo Dilma Rousseff. A gente vai levar tempo para recuperar o Brasil do que foi feito principalmente neste período ”.
Após os painelistas terem encerrado suas falas, a palavra foi aberta ao público, que fez perguntas sobre a situação econômica do país e sobre o mandato de Marcel na Câmara, para o qual foi eleito sendo o mais votado do Rio Grande do Sul e sétimo no ranking dos mais votados do Brasil.