Marcel van Hattem defende a privatização dos Correios em audiência na Câmara

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“É preciso privatizar os Correios”, defende o deputado Marcel
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O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) defendeu a privatização dos Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) durante audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira (6/8). Na ocasião, esteve presente à audiência o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes, convidado para explicar aos parlamentares como o governo federal pretende colocar em prática sua intenção de privatizar os Correios.

Para o parlamentar gaúcho, não há argumentos para que os Correios continuem sendo uma estatal. “A intenção do governo federal de finalmente fazer o que deveria já ter sido feito há muito tempo deve ser saudada, afinal de contas com a privatização as correspondências continuarão a ser entregues e a abertura de mercado trará muitos benefícios aos consumidores e até aos funcionários da empresa. O efeito da abertura de mercado invariavelmente reflete na oferta de melhores serviços a preços mais baixos”, afirmou.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O líder do Partido NOVO na Câmara dos Deputados ainda deu exemplo de como a administração estatal foi responsável por decisões completamente contrárias aos interesses dos próprios funcionários dos Correios. “Basta ver o caso dos investimentos feitos pelo fundo Postalis (Instituto de Previdência Complementar mantido pelos funcionários dos Correios) durante os anos em que o PT esteve no governo. Há investimentos do Postalis em títulos da Venezuela! Dinheiro jogado fora! Os políticos do PT, da oposição, sindicalistas, não investem seus recursos nesses títulos, mas com os recursos do Postalis investiram”, ressalvou.

>> Vídeo da fala do deputado Marcel van Hattem em defesa da privatização dos Correios

Um dos argumentos apresentados por deputados da oposição ao rejeitarem a privatização é de que com a extinção de uma empresa pública responsável pelos serviços postais, cartas e encomendas não chegarão aos rincões mais distantes do país. Para Marcel, esta linha de raciocínio não prospera. “É um argumento completamente irrazoável! Produtos dos mais básicos chegam até as pessoas que habitam nos mais longínquos recantos do Brasil. E geram lucro, como o papel higiênico, por exemplo, que chega a todos os lugares do país. O mesmo não ocorre Venezuela, onde a gestão atual faz faltar até papel higiênico”, comentou.

Finalizando sua fala, Marcel ainda trouxe mais argumentos liberais para defender a privatização dos Correios. “Para que haja melhor qualidade nos serviços prestados a menores preços é importantíssimo que haja concorrência, o que resulta em valorização daqueles que oferecem seu serviço de forma decente e correta, inclusive dos próprios funcionários. Espero que o governo defina logo a estratégia que será adotada para a privatização dos Correios e que tenhamos a quebra desse monopólio postal que prejudica os consumidores”, finalizou.