O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) esteve presente à manifestação realizada neste sábado (9/11), no Parcão, em Porto Alegre, em repúdio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular a prisão de condenados em segunda instância. Milhares de gaúchos estiveram presentes ao ato que foi replicado em outras cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Deputado Marcel discursa na manifestação em Porto Alegre
Do alto do caminhão estacionado no mesmo local onde Marcel por muitas vezes falou aos gaúchos – especialmente durante os atos que levaram ao impeachment de outra ex-presidente petista, Dilma Rousseff -, o líder do Partido NOVO deixou sua mensagem mais uma vez.
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“Porto Alegre nunca decepciona! Nesta manifestação nós queremos deixar o sentimento de quem está preocupado com o que está acontecendo e acredita que o lugar de bandido é na cadeia. Vimos o STF acabar com um ciclo virtuoso de combate à corrupção em que políticos e empresários corruptos foram de fato levados à cadeia”, disse Marcel. “Mas não vamos aceitar isso. É responsabilidade do Congresso fazer o que o povo quer e devemos pressionar cada deputado e cada senador para mandarem de volta os bandidos para a cadeia. Eu terei a oportunidade de votar na Câmara pela volta de Lula para a cadeia! Chega de corrupção”, exclamou, sob aplausos e gritos favoráveis dos presentes.
Foto: Leonardo Martins
O primeiro condenado beneficiado com a decisão do STF foi o ex-presidente Lula (PT), solto um dia após o fim do julgamento que alterou o entendimento em vigor e determinou que condenados fossem presos apenas após não haver mais possibilidades de recursos nas instâncias superiores. Por 6 votos a 5, o ministro Dias Toffoli deu o voto final para o desempate e determinando assim que o “trânsito em julgado” passaria a ser novamente exigido para prisões, contrariando decisão tomada em 2016 pelo próprio STF.
Preso há 1 ano e sete meses em Curitiba após ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo referente à compra e reforma de um apartamento tríplex, no Guarujá (SP), Lula foi colocado em liberdade na véspera da manifestação.